quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A força dos ácidos e das bases

Constante de dissociação (Ka)

          É possível fazer a diferenciação entre um ácido fraco e um ácido forte por meio da condutibilidade elétrica de suas soluções aquosas. Mas esse método não é eficiente para comparar a força de vários ácidos. A maior parte dos ácidos e das bases encontrados na natureza é fraca. Ka corresponde à constante de acidez.

Dissociação de ácidos e constante de equilíbrio 

          Ácidos fracos dissolvidos em água dissociam-se com o estabelecimento de um equilíbrio reversível entre as espécies não dissociadas e os seus íons. Ao aplicar-se a Lei de Ação das Massas a esses equilíbrios permite a avaliação da condição de equilíbrio e a comparação entre as forças dos ácidos.
          O ácido acético é um ácido fraco por apresentar um baixo grau de dissociação em solução aquosa. Dependendo da concentração e da temperatura, apenas uma a cada cem moléculas de ácido acético sofre dissociação em contato com a água.

Constante de dissociação dos ácidos

          A constante de dissociação do ácido indica a extensão de sua dissociação, a uma determinada temperatura. Quanto maior for o grau de dissociação, maior será a concentração dos íons presentes no equilíbrio e menor a concentração do ácido não dissociado.
          O valor da constante de dissociação de um ácido (Ka), indica a força desse ácido. Quanto maior for a constante, maior será a força do ácido a determinada temperatura.

Constante de dissociação das bases

          Bases fortes, como a do hidróxido de sódio, dissolvem-se em água com dissociação de praticamente 100% de seus aglomerados. As bases fracas apresentam um grau de dissociação baixo. Quando uma base fraca é colocada em água, os íons formados e as espécies químicas não dissociadas estabelecem um equilíbrio químico.

Lei da Diluição de Ostwald

          As constantes de dissociação ( Ka ou Kb) constituem um excelente critério para comparar a força existente entre ácidos e bases, pois dependem apenas da temperatura da solução. O grau de dissociação (a) também pode ser utilizado para se fazer essa comparação, mas seu valor depende da concentração da solução a ser analisada e de sua temperatura. Portanto, quanto mais diluídos estiverem um ácido ou uma base, maiores serão os seus graus de dissociação.

Definição de ácido e base de acordo com a Teoria de Brönsted-Lowry

          No ano de 1923, uma teroia mais abrangente sobre ácidos e bases foi proposta independentemente pelo químico dinamarquês Johannes Brönsted e pelo químico inglês Thomas Lowry. De acordo com essa teoria, a definição de ácidos e de bases ocorre em função da capacidade das espécies químicas de doarem ou receberem um próton e não se restringe a sistemas aquosos. Segundo a teoria:
  • Ácido é uma espécie química capaz de doar próton (H+).
  • Base é uma espécie de química capaz de receber  próton (H-).
  • Reações ácido-base são aquelas em que existe transferência de prótons.
          Por essa teoria, as reações de neutralização seriam uma transferência de prótons (H+) entre um ácido e uma base, tendo como consequência a formação de dois pares ácido-base conjugados, os quais compreendem espécies que diferem em um H+.
          A teoria nos possibilita classificar a força dos ácidos em função da sua capacidade de doar prótons. Um ácido forte deve apresentar uma grande tendência de transferir prótons.    Assim, em uma relação ácido-base, a espécie que tem grande tendência em doar H+ é ácido forte. Da mesma forma, a espécie que possui pouca tendência de doar H+  apresentará uma base forte.

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